segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

SOBRE BARACK OBAMA


A partir de hoje os EUA tem um novo presidente: o negro Barack Obama.

É um dia histórico, esse 20 de Janeiro de 2009 para os EUA tem uma grande semelhança com o 1° de Janeiro de 2003, dia em que o atual Presidente do Brasil, Luis Inácio Lula da Silva, tomou posse.

Tanto Lula como Obama representam uma evolução, um progresso para a democracia.

Para o Brasil a eleição de Lula foi o fim do conservadorismo tapado que dizia que “apenas homens doutorados poderiam se tornar presidentes”, e com a chegada ao poder do primeiro homem que realmente veio do povo constatamos que diploma universitário realmente não tem importância para que o indivíduo se torne um bom presidente, e é o que estamos vendo com Lula, que administra bem o Brasil desde então, nos fazendo mais sólidos economicamente, e lentamente começando a diminuir as diferenças sociais.

Opiniões tucanas e tele-guiadas á parte, só não enxerga isso quem não quer ver para tentar manter as opiniões burras de seus preconceitos conservadores e direitistas de décadas atrás.

Mas voltando ao Obama, ele também representa uma evolução para a democracia, pois pode ser o fim do conservadorismo tapado de lá, que diz que “apenas homens brancos podem se tornar presidentes”, e com a chegada ao poder do primeiro negro é que vamos constatar que a cor da pele não tem importância para que o indivíduo seja um grande presidente.

Obama tem uma energia muito forte que o envolve, e eu sinto isso. Confesso que boto muita fé nele, para que enfim seja um bom presidente para os EUA e para o Mundo.

Claro que não sou ingênuo a ponto de achar que Obama será radicalmente diferente dos antecessores, que vai retirar todo o apoio que dá ao fascista Estado de Israel, que vai retirar todas as tropas do exército que estão fora do terrritório americano, que vai parar de tentar influenciar em assuntos internos de outros países apenas para saciar interesses americanos, e outras coisas ruins que o governo dos EUA aprontou ao redor do mundo ao longo das últimas décadas.

Tal como Lula em 2003, o Obama de 2009 não pode radicalizar, sob o risco de ser considerado um mau presidente e arrancado do poder por aqueles que tanto o odeiam, como é o caso da sociedade tucana conservadora do sudeste-sul do Brasil, e os brancos racistas rednecks imbecis do sul e interior americano, respectivamente.

Mas se pelo menos o Obama de 2009 começar a:
Contornar os efeitos ruins da crise econômica americana, a ponto de estancar sua disseminação ao redor do Mundo
Intervir na economia com um novo New Deal para que o livre mercado seja livre, mas seja regulado, para ser acima de tudo responsável e não causar novas crises econômicas
Retirar todas as tropas americanas que invadiram o Iraque
Estabilizar a situação no Afeganistão e também puxar o carro de lá logo
Estabelecer relações diplomáticas com países de Terceiro Mundo que apenas fizeram suas próprias escolhas sobre seu destino, como Irã e Cuba
Não tentar intervir na política de países da América Latina que nos últimos 10 anos tencionou democraticamente a eleger presidentes de esquerda
Tudo isto já será um formidável progresso, já fará de Barack Obama um dos melhores presidentes
dos EUA do último século, talvés atrás somente de Franklin Roosevelt.

Mas mesmo que ele cumpra apenas parcialmente estas metas, ainda sim ele será bem melhor do que foi Bush.

Sua secretária de estado será Hillary Clinton, ex-primeira dama, que tem alguma experiência internacional. Vai ser interessante ver como ela vai se comportar comandando o carro-chefe da diplomacia americana, sendo que as relações que ela vai desenvolver com países do Oriente Médio e América Latina merecerão maior atenção. Também torço por ela.

Mas para concluir: Quero que esta magia que há ao redor de Barack Obama não se acabe, pois ele é um iluminado, e para que ele continue a ter esta popularidade mundial será preciso fazer um bom governo.

Eu queria o mesmo de Lula, que o homem do povo não decepcionasse, e ele não decepcionou e está sendo o melhor presidente do Brasil dos últimos 50 anos. Desejar o mesmo de Obama, não é utopia.
Estou contigo, Obama.

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