sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

COLUNA VIAJANDO: TIRANDO O VÉU NEGRO


Este espaço vai ser para falar de coisas especulativas, suposições de como poderia ter sido o passado, ou de como pode ser o futuro. Por isso o nome: Coluna Viajando. Vamos viajar na maionese.

Vamos supor que volte a ter cisão na Fórmula Indy (Deus que me livre ter isso de novo!! Já não bastaram 12 anos?), como seria?

Um tal de Ben Johnstone, laranja de Kevin Kalkhoven e Gerald Forsythe, funda uma nova categoria denominada “Formula USA”, usando os agora empoeirados chassis Panoz DP01, com motores Cosworth turbos denominados de Hyundai. Oficialmente o campeonato seria “Formula Atlantic USA powered by Hyundai” , com o conjunto oficial Panoz-Hyundai/Cosworth para todos os carros.

Quais equipes participariam? Obviamente que a KV, a Forsythe, RuSport, Rocketsports, PCM e Minardi. A Conquest e Dale Coyne colocariam 1 carro na Indy/IRL e outra na USA/Atlantic/Hyundai. A Newman-Haas-Laningan permaneceria na IRL, já que seu sócio anti-IRL, Paul Newman, faleceu recentemente, e os outros sócios, Carl Haas e Michael Laningan não tem problemas em competir pela Indy mais forte da atualidade.

Pilotos como Oriol Servia, Paul Tracy, Mario Dominguez, Alex Tagliani, Robert Doornbos, Alex Figge, Dan Clarke, Nelson Phillippe e Enrique Bernoldi entrariam neste nova série, já o resto do grid, composto por apenas 14 carros seria completado por pagantes de diversos países.

Quais seriam as corridas? Obviamente aquelas que não puderam ser realizadas em 2008 e 2009 por conta da fusão. Os GPs de Houston, Portland, Cleveland, Mont-Tremblant, Laguna Seca, Elkhart Lake e Cidade do México seriam as etapas. A corrida de Surfer’s Paradise estaria fora, já que agora faz parte da A1GP, e os eventos na Europa, ao menos no início, não seriam realizados.

Das 7 corridas, duas são fora dos EUA (Mont-Tremblant, no Quebéc, Canadá, e Autódromo Hermanos Rodriguez, na Cidade do México), e das 5 provas americanas, seriam todas realizadas em regiões diferentes, englobando diferentes mercados, como o Texas (Houston), Noroeste (Portland), Ohio (Cleveland), Califórnia (Laguna Seca) e Wisconsin (Elkhart Lake).

Com 7 eventos, 14 pilotos, 8 equipes e 1 chassi/motor o campeonato seria ainda mais fraco do que foi a ChampCar de 2004-2007. Se sobreviveria por muito tempo, é uma dúvida, o que seria absolutamente certo é que este campeonato seria deficitário, como foi a CART/ChampCar após a decadência iniciada em 2002, e só se sustentaria por alguns anos somente com uma fonte de dinheiro extremamente caridosa. Seria o bolso do já velho Gerald Forsythe? Ou o de Kevin Kalkhoven que se cansou de gastar dinheiro com esta categoria no começo de 2008 e resolveu vender a ChampCar para Tony George da IRL?

Dan Petit? Paul Gentilozzi? Este último até pode contribuir com uns trocos, afinal, precisa lavar o dinheiro que ganha como cafetão.

Com um campeonato deficitário, e ainda mais em um momento de crise econômica severa nos EUA, fica a pergunta: Quem vai querer torrar toda essa grana?

Não se sabe. É especulação, e por isso mesmo viajei na maionese. Mas a maior certeza é que se isto for realmente feito apenas vai tirar o véu negro de muitas viúvas da agora extinta ChampCar.

Voltando à realidade, na real, se isto ocorrer o Tony George gasta mais uns trocos para obstuir o caminho desta possível categoria, pois ele hoje tem muito mais poder do que tinha no auge da guerra CART x IRL quando sua própria categoria começou a vencer.

Um comentário:

  1. Ow botar o logo da Atlantic ai foi sacanagem hein =/;... tudo bem que o cara a comprou mas a Atlantic é diferente desse "novo sonho" ai...

    ResponderExcluir