segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

TORÇAM PELA ANDRETTI-GREEN EM 2009


Na temporada 2009 da Fórmula Indy, a despeito da crise econômica que abala o mundo e pode causar algumas pequenas mudanças na categoria para o próximo ano, para a Indy ir recuperando seu prestígio e tamanho de outrora, ainda mais agora após a reunificação, seria mais interessante que a Andretti-Green Racing faça um campeonato com supremacia em 2009, tal como fez em 2004 ou 2005.

Lógico que desta vez será mais difícil para a AGR repetir as temporadas 2004 e 2005, pois naqueles 2 anos ela contava com a superioridade dos motores Honda, na qual era a única real grande equipe da categoria a usar os propulsores japoneses, as rivais Penske e Chip Ganassi estavam enfrentando problemas com os Toyotas, e por isso passaram aqueles dois anos fora de combate para o título e a maioria das vitórias das corridas.

Para 2009 a Andretti-Green realmente terá que passar por uma intensa recuperação, já que teve em 2008 um ano tão ruim quanto 2006, onde pôde vencer apenas 2 corridas (a saber: A Japan Indy 300 em Motegi com Danica Patrick e a Richmond Indy Challenge com Tony Kanaan).

O que faltou para a Andretti-Green de 2008, que teve um ano bem pior que o dominante 2007, onde venceu 9 corridas e o título? Faltou combinar dois pilotos experientes e bons acertadores de carros dentro do time. Até 2007 a Andretti-Green contava com a dupla Tony Kanaan e Dario Franchitti, que faziam um excelente “bate-bola” técnico e melhorava todo o nível do time. Com a saída de Franchitti, a responsabilidade ficou totalmente nas costas de Tony Kanaan, que ainda por cima não teve um ano à altura de seu talento.

E em 2008 a Andretti-Green enfrentou problemas de relacionamentos entre seus próprios pilotos, principalmente em incidentes na qual Marco Andretti, o filho do dono do time, causava. Em Indianápolis ele causou a saída de pista de Tony Kanaan, que levou este ao abandono da prova pela 2ª vez na carreira. E na primeira corrida da IRL em sono canadense, a Rexall Edmonton Indy em julho, Marco causou um toque na roda traseira de Danica Patrick que levou esta a sair da pista e perder muitas posições.

Dizem que Michael Andretti “desceu o esporro” em sua turma após esses incidentes, e as coisas voltaram ao normal.

Agora, para 2009, espera-se um ambiente mais harmonioso entre seus pilotos, e que estes já tenham acumulado experiência o suficiente para ao menos substituir Dario Franchitti à altura. Tony Kanaan ainda é o mais forte piloto do time, e caso seus acertos entrem em um bom rumo em 2009, podemos esperar bons resultados por parte do time, o que seria ótimo, em termos mercadológicos, para toda a categoria.

Em tempos de crise, não que a Indy deva forçar a barra, ou “fabricar” alguém ou uma situação, mas é importante que apenas possamos torcer pelo sucesso da categoria, e o sucesso da AGR em 2009 pode ser muito importante para a Indy Racing League continuar atraindo mais atenção, ainda mais em um momento de séria crise financeira onde qualquer índice de crescimento da categoria deve ser muito comemorado.

Os pilotos da Andretti-Green são os que tem o maior apelo junto ao público e nos mercados mais importantes para a Indy.

Danica Patrick, todos já sabem, além de ser mulher, famosa e bonita, atrai público para as corridas, atrai audiência televisiva, maior interesse por parte das pessoas na mídia impressa e eletrônica acerca da Indy. Como ela venceu (finalmente) sua primeira corrida em 2008, em um ano onde o carro da Andretti-Green não estava bem acertado, é de se esperar que se o time melhorar, suas vitórias passem a ficar mais freqüentes, atraindo ainda mais atenção para a categoria. No caso de uma AGR “dominante” em um ano, podemos esperar Danica disputando o título ou ficando ao menos entre os 3 primeiros na classificação? Pode ser possível sim. E caso isso ocorra, a atenção do público ficará ainda maior, em todo o planeta. Bom para Danica, ótimo para a F-Indy.

Marco Andretti, herdeiro da família Andretti, estreou muitíssimo bem em 2006, quase venceu em Indianápolis, ganhou sua primeira corrida em Sonoma, testou a Honda F1 e foi elogiado, o que aconteceu com ele a partir de 2007? Broxou? Acredito mais na imaturidade de alguém que com 19 anos de idade foi alçado inesperadamente á um nível de estrelato que nem ele mesmo imaginava. Isso “subiu” a sua cabeça, e causou uma pilotagem mais imprudente em 2007, onde sofreu dois acidentes onde capotou (Indianápolis e Mid-Ohio) e diversas provas onde abandonou pelos mais diversos motivos, se repetindo os erros em 2008, onde tirou Kanaan de Indianápolis e Danica de Edmonton. Sua recuperação como piloto já está na hora de acontecer, a pressão sobre ele tem que ser menor agora para que ele se refaça, e caso consiga mais consistência e melhores resultados nas pistas, um herdeiro dos Andrettis vencendo, e disputando o título, seria fantástico em termos mercadológicos para a Indy nos EUA, principalmente. E é justamente o mercado americano que a Indy mais tem que apostar agora, mesmo com a crise.

Hideki Mutoh estreou muito bem na F-Indy em 2008, foi o “Rookie of the Year”, e isso foi algo inédito em se tratando de um piloto japonês. Aí está um potencial formidável para a Fórmula Indy: Ter o primeiro piloto japonês a vencer uma corrida em categorias top do automobilismo mundial. Mesmo em um ano complicado para a AGR, Mutoh mostrou muita consistência, terminando a maioria absoluta das corridas e praticamente não se envolvendo em incidentes (as duas únicas “besteiras” foram em Motegi e Edmonton, perdoável quando se lembra que o japonês estava em seu primeiro ano na Indy), algo raríssimo em termos de pilotos nipônicos. Como estreante foi bem, como japonês foi melhor ainda! E como a F-Indy disputa justamente no Japão a sua única corrida fora da América do Norte, aí está o potencial para fazer da Indy ainda mais popular em terras orientais: ter Hideki Mutoh vencendo. Se isto acontecer, mais um ponto para a categoria.

Já Tony Kanaan é um velho de guerra, todos nós o conhecemos bem. Mas a importância de ter Tony Kanaan ganhando aumenta ainda mais em 2009 pelo provável desfalque que o Brasil terá nos times de ponta da F-Indy com a saída de Hélio Castroneves por conta de seu processo por evasão fiscal. Kanaan ficará com a responsabilidade inteira nas costas de vencer para manter o interesse brasileiro na categoria, ainda mais agora que a poderosa Rede Globo está fazendo a festa encima da “concorrência” com Felipe Massa. Kanaan manterá o interesse do Grupo Bandeirantes em transmitir parcialmente a temporada da F-Indy para o Brasil, e outro fator para que Kanaan vença é o fornecimento de etanol tupiniqum para a IRL, pois coincide com um bom momento onde o Brasil também tem que mostrar a sua força em pistas americanas.

Se tivermos um 2009 onde cada um dos 4 pilotos da AGR vença ao menos uma corrida, e pelo menos seu melhor piloto (obviamente Kanaan) dispute o título, já é sinal de melhores dias para a F-Indy, tanto nos EUA, no Japão bem como aqui no Brasil.

Boa sorte Andretti-Green!

2 comentários:

  1. A AGR me parece que além de pilotos, tem muito marketing por trás. Colocar um Japonês, uma Mulher, um americano filho e neto de grandes pilotos mundiais e um brasileiro experiente como o Tony, é uma jogada de marketing sensacional. Se a AGR não for campeã, com certeza será a que mais vai arrecadar $$$.
    E além disso, esse Japonês tem tudo para ser o melhor Japonês que já guiou um monoposto, essa mulher já é uma grande piloto, Marco Andretti, se melhorar, vai ser um piloto a altura de seu pai e de seu vô e o Tony é sem palavras.
    Basta a AGR acertar os carros e correr pro abraço!

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  2. Pessoal, em mais um vídeo curioso postado pelo Motorizado (www.motorizado.wordpress.com), Giancarlo Fisichella faz comercial para uma bebida de baixo teor alcoólico e é aclamado como CAMPEÃO DA FÓRMULA 1 no site oficial da empresa. Confira!

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